Você acha que é impossível viajar pra fora do país?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Cara de alegria em frente à Casa Rosada (ao fundo os amigos tirando foto..rs)

Se você, como eu, também achava impossível viajar para fora do Brasil, preste bem atenção ao que eu vou escrever aqui hoje. O ano era 2005 e eu ainda era daquelas pessoas que investia mais em 'coisas' do que em 'experiências'. Eu achava que viajar era uma perda total de dinheiro. Afinal, eu iria pagar por algo que eu nem poderia 'segurar em minhas mãos' e usar por um tempo mais longo. Como eu pensava pequeno, meu Deus!!!
Mas, por sorte, naquele ano eu recebi um convite que iria mudar minha vida para sempre. Uma amiga me disse: "vamos passar o rèveillon em Buenos Aires, Vamos conosco?". Eu achei o convite tentador, mas no milésimo de segundo seguinte pensei: 'eu não tenho dinheiro pra uma viagem dessas'. Como jornalista, eu tinha consciência da minha vida de quase assalariada e realmente nem passava pela minha cabeça um investimento 'tão alto'. Outra fantasia. A gente coloca na cabeça que as coisas são impossíveis sem mesmo nos darmos o trabalho de checar se realmente são. Cria-se uma ideia, um conceito, e a gente acredita nele sem contestar.
Eu resolvi começar a contestar essas verdades absolutas que eu mesmo criei pra mim. Fui à agência de viagem e descobri a primeira grande maravilha do mundo moderno: viajar hoje em dia está mais fácil e barato do que a gente pensa. Bendita Classe C no Brasil, que vem ganhando poder de compra e descobrindo as maravilhas que vêm junto com as memórias de uma boa viagem.
Saí da agência com a minha primeira viagem internacional devidamente dividida em 12 suaves prestações e eu mal poderia esperar para o dia de embarcar rumo à terra do tango chegar. Foram seis meses pensando nisso, planejando, pesquisando e, o mais importante, SONHANDO.
Finalmente Dezembro chegou e eu e mais cinco amigos embarcados saltitantes para a Argentina. Posso confessar que absolutamente TUDO era perfeito aos meus olhos. Estava tão maravilhada que eu sinceramente achei que eu jamais viveria uma alegria tão grande (tolinha, era só o começo).
Buenos Aires era, naquele momento, uma cidade limpa, organizada, com uma arquitetura rica e muito barata para brasileiros. Andar de táxi era tão barato que a gente tinha pena e dava mais dinheiro para o taxista. Não dava para acreditar que era tão ridicularmente barato.
Durante aquela semana nos divertimos mais do que o que tínhamos programado, fizemos os programas tradicionais de turista (como pagar caro para ver um show de tango, mas foi lindo) e fizemos novos amigos. Em uma dessas muitas oportunidades que tive de conhecer gente do mundo tudo, fui 'picada' pelo bichinho do desejo de aprender inglês, mas aprender de verdade sabe? A ideia de fazer amigos e compreender como vivem pessoas do mundo todo, tudo com o poder de um idioma que nos unia, era genial pra mim (mas essa é história para outra postagem).
Voltamos com tantas histórias para contar que elas sobrevivem até hoje, Assim que voltei à minha vida cotidiana tratei, imediatamente, de fazer uma promessa a mim mesma: a partir de hoje não irei mais investir em objetos de valor (que valor???), Minha vida e meus esforços, a partir de hoje, serão focados em sensações. E viajar é o que mais consegue me trazer as sensações que me fazem sentir empolgada em viver....






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